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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Deputado federal demite servidor que não pagou 'caixinha do fim de ano'

O deputado federal Zequinha Marinho, presidente do Partido Social Cristão (PSC) no Pará e vice-líder da legenda na Câmara, demitiu um funcionário do seu gabinete, em Brasília, por se negar a repassar 5% de seu salário para o partido. A denúncia é comprovada por duas mensagens eletrônicas escritas pelo próprio deputado, deflagradas ontem pelo site Congresso em Foco. Na primeira, ele cobra do ex-assessor de imprensa Humberto Azevedo, que nunca foi filiado ao PSC, o depósito da contribuição o mais breve possível (R$ 190, correspondente a 5% do salário bruto de R$ 3.800). Diante da ausência do pagamento, o parlamentar foi taxativo em outra mensagem, no dia 30 de março deste ano: 'Diante da impossibilidade de Vossa Senhoria autorizar o débito de 5% (…) do Partido Social Cristão, ficou determinada sua exoneração', diz Marinho. Em 12 de abril, o servidor foi exonerado.


Desde 2005, a prática de cobrança de 'caixinha' por partidos políticos contraria determinação do Tribunal Superior Eleitoral. Na ocasião, os ministros do TSE consideraram que o expediente é ilegal, um desvio indevido de dinheiro público. Com base nessa resolução, o assessor demitido por Marinho foi à Justiça exigir R$ 350 mil em indenização por danos morais e lucros cessantes. O partido é réu na ação movida na 6ª Vara Cível de Brasília. 'Durante algum tempo, fiquei possesso. Estava a ponto de estourar. Foram quase 20 dias… Mas quando veio a decisão, dei graças a Deus. Pelo menos agora estou fora. Não trabalho pra canalhas', disse Azevedo, a reportagem do site.


Azevedo começou a trabalhar em fevereiro, mas o primeiro salário só saiu no final de março. Segundo o jornalista, depois de contratado, começaram comentários no gabinete de que ele teria que entregar parte de seu salário para o PSC. O assessor de imprensa disse que não havia combinado isso com o deputado e queria conversar com ele a respeito, mas que nunca conseguia ter esse diálogo.


Fonte: O Liberal

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