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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Assessora da deputada estadual Simone Morgado (PMDB), estudando em Portugal.


Assessora de peemedebista recebia salário enquanto viajava

O Ministério Público do Estado instaurou um procedimento administrativo para apurar a situação da advogada Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante na Assembleia Legislativa do Pará. Informações da Alepa e da Delegacia de Polícia de Imigração da Polícia Federal, repassadas ao promotor de justiça Nelson Medrado, dão conta de que a jovem foi nomeada assessora especial da Casa, em 6 de abril de 2009, a pedido da deputada estadual Simone Morgado (PMDB), gabinete no qual permaneceu lotada. Porém, durante oito meses, Ana Mayra esteve viajando a Portugal, por motivo de estudo, sem se desligar ou formalizar a ausência junto à Alepa.
A frequência da assessora era confirmada por meio de ofícios assinados pela própria deputada e o salário líquido mensal de R$ 2.196,00 foi pago normalmente. A mãe de Ana Mayra, Márcia Cavalcante, trabalha na Comissão de Finanças da Assembleia. Formada em Direito em 2009, Ana Mayra é membro da Comissão de Jovens Advogados da atual gestão da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB-PA).
Medrado apura a ocorrência de improbidade administrativa. Ele explica que o livro de frequência, requisitado da Alepa, deveria apresentar as assinaturas da assessora nos espaços correspondentes a cada dia do calendário, atestando que ela compareceu para trabalhar. Porém, as páginas destinadas às assinaturas de Ana Mayra estão em branco. 'O registro do livro de frequência do gabinete (de Morgado), de fevereiro a maio deste ano, não têm assinaturas de Ana Mayra', afirma o promotor. Segundo ele, a frequência da funcionária era atestada pela própria Morgado.
O ofício assinado pelo agente da Polícia Federal Alexandre Gutemberg Nunes Chaves, e remetido ao MPE, confirma que Ana Mayra saiu pela primeira vez do Brasil em 3 de setembro de 2009 com destino aos Estados Unidos, de onde voltou no dia 20 do mesmo mês. A segunda saída do território nacional foi mais longa. Conforme o ofício, ela embarcou em 13 de outubro de 2010o ano passado rumo a Portugal, de onde retornou em 20 de junho deste ano.
Ao requisitar informações à Alepa sobre a situação da assessora, o promotor foi informado extraoficialmente, pela Procuradoria da Alepa, que a deputada teria alegado que a própria assinatura foi falsificada nos ofícios de frequência de Ana Mayra. A assessoria de imprensa da Alepa foi procurada para esclarecer o caso, mas não atendeu a reportagem. A reportagem obteve o telefone do escritório do pai de Ana Mayra, mas também não conseguiu contato.

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