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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mônica Pinto é indiciada pela polícia



A ex-chefe da Divisão de Pessoal da Assembleia Legislativa do Pará, Mônica Pinto, foi indiciada ontem, pelo delegado Rogério Morais, pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Esse é o desfecho do inquérito policial que apurou os empréstimos com desconto em folha de pagamento realizado por Mônica junto ao banco Santander, entre dezembro de 1009 e fevereiro de 2010. As mais de 700 páginas do inquérito foram protocoladas na justiça, ontem à tarde. Posteriormente, o documento será remetido para a análise do Ministério Público do Estado. O advogado da acusada, Luciel Caxiado, afirma que o inquérito deverá ser arquivado porque a cliente dele já foi denunciada pelo MPE em razão dos empréstimos. Ele pedirá o perdão judicial para Mônica.
O inquérito policial correu pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), a partir do pedido de providência feito pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL). Durante três meses de investigação, foram colhidos cerca de 18 depoimentos e realizadas perícias que apontaram a falsificação de contracheques e de assinaturas. O delegado concluiu que Mônica falsificou o próprio contracheque em três operações de empréstimos feitas no Santander. 'Em depoimento, ela (Mônica) disse que recebia R$ 7 mil de salário (oficial), sem falar noutras negociatas de funcionários fantasmas, mas os contracheques apresentados ao Santander eram de R$ 30 mil', afirma o delegado. A quebra do sigilo bancário da acusada apontou que ela recebeu os créditos do banco no montante de R$ 500 mil. Mônica nunca negou os empréstimos, mas alegava um valor menor.
O advogado de Mônica argumentou que ninguém pode responder a dois processos pelo mesmo crime, já que a denúncia formulada pelo MPE sobre o empréstimo já tramita na 12ª Vara Penal de Belém. E, por isso, ele está confiante que o indiciamento policial será arquivado pelo MPE. Ele reclamou que os exames grafotécnicos foram realizados em cópias, o que não tem validade jurídica. Os documentos originais demoraram a ser remetidos, de São Paulo, pelo Santander. Mas, quando chegaram, Caxiado justificou que a cliente dele já estava indiciada pelo MPE e, por isso, ela não atendeu à convocação da perícia.

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