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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As armadilhas do discurso separatista na divisão do Pará


A campanha a favor ou contra a divisão do Pará toma as ruas, começa a ser intensificar e com elas os diversos discursos e interesses vem à tona. A campanha em favor da criação dos estados dos Carajás e Tapajós parece bem mais organizada, articulada em relação ao lado que defende a manutenção da integridade territorial do Pará. Isso é fato.

A tática do movimento separatista é conquistar votos na região metropolitana de Belém e no nordeste do estado, regiões que detém a maioria do eleitorado (4,5 milhões dos eleitores registrados) e concentra a maior resistência contra a divisão do Pará. Nas regiões que buscam a emancipação o índice de apoio ultrapassa 90%. Por isso, os separatistas voltam-se aos arredores da capital.

Já ouvir alguns discursos separatistas que visam confundir o público. Dizem que a divisão será melhor para o “novo” Pará, pois as demandas a serem resolvidas serão menores pelas novas dimensões territoriais. Outro discurso muito propagado reforça a divisão pela maior representação política na região. O problema está na diferença entre o discurso e a prática.

Os separatistas sustentam ação judicial no STF para que o voto seja válido apenas para as regiões que visam se emancipar. Alegam que “os diretamente interessados” se resumem apenas aos habitantes dos futuros Estados.

A própria constituição não é clara em relação aos que realmente podem votar em plebiscitos para a criação de novos entes federativos. O referido termo está “solto” (como se diz no jargão judicial) o que permite diversas interpretações, inclusive que o Brasil todo pode votar com a justificativa que a criação de dois novos Estados iria alterar a arranjo federativo brasileiro.

Nesse quesito há uma discrepância. Se a divisão seria melhor ao novo Pará, por que os separatistas querem judicialmente impedir que todos os paraenses votem? Por que há forte fomento a transferência de títulos de eleitor de outros estados, para registro de domicílio nas regiões que querem se emancipar?

Parece que a história contada está longe da realidade, e o eleitor cada vez mais perdido, sem informações, sem entender.

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