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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

sábado, 27 de agosto de 2011

Frentes pró-Pará unificam estratégias

As frentes contra divisão do Pará estão unificadas e devem seguir a mesma linha de atuação a partir de agora. A articulação entre políticos que compõem os grupos para construção de um discurso único contra Carajás e Tapajós ganhou força após sessão especial na Câmara Municipal de Belém na última quarta-feira e foi anunciada ontem pelos integrantes. A frente possui agora representantes no Senado e na Câmara Federal, Assembleia Legislativa, Câmaras Municipais, associações e movimentos populares.
De acordo com o deputado Celso Sabino (PR), a união das frentes se deu em função da necessidade de ampliar e qualificar o debate contra a divisão do Estado. “Criamos este grande grupo suprapartidário para definirmos como serão realizadas as mobilizações. Vamos nos separar apenas para atender às definições impostas pelo TSE. Alguns vão se registrar na frente contra Carajás e outros na frente contra Tapajós. Porém, com o mesmo discurso, linha de atuação e até os materiais publicitários terão os mesmos conteúdos, mudando apenas a região de atuação”, destacou o parlamentar.
O deputado contou que os registros serão protocolados no TRE no dia 2 de setembro, data limite para apresentação das frentes. “Vamos passar por um processo de debates entre os componentes para definirmos quem vai para onde, e ainda precisamos nos organizar e definir as estratégias”, completa. Segundo o parlamentar, na Câmara Municipal de Belém apenas dois vereadores não se posicionaram sobre a divisão do Estado e ainda não estão definidos na composição da frente.
Questionado sobre o discurso utilizado pelo movimento contra a divisão, de que a criação de outros dois estados atenderia somente a interesses políticos eleitoreiros, Sabino afirmou que a maioria dos estudos realizados sobre o assunto aponta para a inviabilidade da emancipação. “Não tem outra explicação para querer a divisão. O tom da nossa campanha será justamente este, o de conscientizar. Vamos mostrar para população paraense que o desenvolvimento não vem com redefinição territorial como muitos estão pregando por aí. Vamos potencializar as ações na Região Metropolitana de Belém e municípios que fariam parte do remanescente Pará, mas estamos planejando também mobilizações nas regiões que querem a divisão e mostrar que estamos lutando em defesa deles também”.
A única definição até o momento sobre a composição das duas frentes contra o desmembramento é a presidência. O movimento contra Carajás terá como presidente o deputado federal licenciado Zenaldo Coutinho (PSDB). Contra Tapajós, a frente será presidida por Celso Sabino. O primeiro encontro entre os integrantes do bloco será na próxima segunda-feira, na sede da Associação Comercial do Pará, às 16 horas.
SEPARATISTAS
No comando do grupo que pretende dividir o Pará, estão os deputados federais Giovanni Queiroz (PDT) e Lira Maia (DEM-PA), presidentes das frentes pró-Carajás e pró-Tapajós, respectivamente. O principal argumento dos separatistas se baseia no sentimento de abandono sentido pela população destas regiões em relação ao poder público.
Na defesa da criação dos estados, as frentes envolvidas possivelmente terão discursos e ações diferentes. De acordo com o deputado estadual Zé Maria (PT), que faz parte da coordenação da frente pró-Tapajós, ainda não houve indicação de unificação. “Temos particularidades e diferenças, por isso vamos trabalhar com estratégias diferentes na campanha. Mas, ainda assim, haverá apoio mútuo. Não vamos segregar”, afirmou.
PLEBISCITO
O calendário instituído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece a realização do plebiscito para o dia 11 de dezembro, com a abertura das seções eleitorais às 8h e encerramento da votação às 17h. Quem pretende participar do plebiscito, mas ainda não pediu o título de eleitor ou precisa emitir 2ª via, transferir o domicilio eleitoral ou regularizar pendências deve tomar essas providências até o dia 11 de setembro, três meses antes do plebiscito.
Para atender às demandas, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-Pa) vai intensificar as ações do projeto TRE Itinerante.
(Diário do Pará)

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