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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

domingo, 7 de agosto de 2011

Divisão do Pará: Estado recebe novos eleitores


Com a aprovação do plebiscito sobre a divisão do Pará em outros dois estados - Tapajós e Carajás - iniciou-se uma correria nos cartórios eleitorais do Estado. Desde que o Congresso Nacional aprovou a proposta, em maio deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE) já registrou mais de 18,3 mil pedidos de mudança do domicílio eleitoral. Destes, 7.137 vieram de outras unidades da federação. Parauapebas, Belém e Marabá, respectivamente, foram os municípios que mais puxaram esse fluxo migratório.

Para se ter uma ideia do fenômeno, o município de Parauapebas, no sudeste paraense, que de janeiro a abril vinha apresentando uma média de 123 pedidos de transferências eleitorais de outros estados, por mês, registrou, em maio, 321 solicitações. No mês seguinte, foram 201 pedidos, atingindo o ápice em julho, quando foram cadastrados 347 outros novos eleitores. Ao todo, no primeiro semestre deste ano, foram contadas 1.363 transferências eleitorais de outras unidades da federação, o equivalente a 68,1% da demanda migratória feita para aquele município.

Migrações - Este desempenho deixou para trás até mesmo a capital do Pará, Belém, que tradicionalmente é o maior polo agregador de migrações eleitorais. Nestes primeiros sete meses, o município recebeu 3.204 transferências. Destas, apenas 884 vieram de outros estados. A diferença é que o volume desta demanda tem permanecido estável ao longo dos meses, oscilando entre 100 (obtida em março) e 153 (em abril) transferências eleitorais por mês.

O levantamento feito por O LIBERAL, com base nos números fornecidos pelo setor de estatística do TRE paraense, mostra que Marabá - cogitada como futura capital de Carajás, caso a divisão se concretize - também tem intensificado a busca pelo título eleitoral por conta do plebiscito. O número de pessoas interessadas em transferir o título de outros estados passou do dobrou nos últimos três meses.

Demanda - Se até abril a maior marca de pedidos de transferência atingida era de 82 solicitações, em maio pulou para 118, e, em julho, mês de férias, alcançou a máxima de 236 transferências eleitorais. Considerando todas as migrações, o município fechou os sete primeiros meses do ano com 1.313 solicitações. A maior parte delas (359 registros) foi feita em junho.

Ananindeua - o segundo maior colégio eleitoral do Pará - aparece em quarto lugar no ranking de migrações eleitorais vindas de outros estados, com 346 pedidos até julho. Porém, a exemplo de Belém, estas mudanças se deram sem grandes sobressaltos. Em janeiro, foram registrados 43 novos eleitores naquele domicílio eleitoral, com máxima de 71, em maio. No cadastro geral foram totalizadas 2.057 transferências eleitorais no período.

Já Santarém, cogitada para ser a futura capital do Estado de Tapajós, em caso de aprovação, acrescentou ao seu contingente eleitoral 1.064 eleitores este ano. O pico dessas transferências foi alcançado após o anúncio do plebiscito, mais precisamente em junho, quando foram cadastrados mais 236 votantes. A migração de outras unidades da federação totalizou 521 novos cadastros, 138 deles em julho.

Considerado um dos principais centros comerciais do sul do Pará, Redenção também está na lista dos municípios que tiveram uma mudança abrupta no número de eleitores nos últimos três meses. Antes do plebiscito, a máxima registrada era de 165 novos eleitores, em abril, porém, em maio, o número pulou para 205 registros e, em junho, para 281, perfazendo um total de 1188 migrações eleitorais este ano.




*Ilustração: J. Bosco
Fonte: O Liberal

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