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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ALEPA – Pioneiro, o Chávez da rua do Aveiro

Se verdadeira a revelação de O Liberal, os gritos do governador Simão Jatene parecem ter injetado ânimo no novo presidente da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, o deputado Manoel Pioneiro (PSDB) (foto, à dir., abraçado com Domingos Juvenil), ainda que aparentemente o resultado do barraco tucano tenha sido de eficácia duvidosa. Depois de patrocinar um patético simulacro de sindicância, cujas conclusões foram desmoralizadas pelas investigações do Ministério Público Estadual, Pioneiro travestiu-se de tiranete de província e reagiu como uma espécie de Chávez da rua do Aveiro. Impediu a lavagem das escadarias do Palácio Cabanagem, um protesto dos movimentos sociais diante da avalancha de denúncias de corrupção na Alepa, sem concessão sequer para a senadora do PSol Marinor Brito, que se exibia de vassoura em punho. Depois ocupou a tribuna do plenário da Assembléia Legislativa, para exaltar a suposta transparência de sua administração e anunciar um pacote de medidas pretensamente destinadas a privilegiar a austeridade administrativa.
Contratação de uma auditoria externa, por uma empresa de reconhecida credibilidade; cadastramento dos servidores, entre efetivos, temporários e aposentados; criação da Ouvidoria; readequar o Plano de Cargos e Salários; e corte nas demais gratificações dos servidores com mais de uma gratificação. Somadas a decisão de revogar a prerrogativa do presidente de conceder gratificações a seu bel prazer, essas foram as medidas anunciadas por Pioneiro, em seu pronunciamento, no qual citou como evidencia de seu compromisso com a transparência administrativa não ter obstaculizado as investigações do Ministério Público Estadual. Por isso, salientou, o motivo de ser contrário a instalação de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, proposta pelo deputado Edmilson Rodrigues, do PSOL e líder de si mesmo, com o aval, pelo menos formal, do PT. “As investigações estão em curso, sem nenhuma interferência, da minha parte e de qualquer outro deputado, conduzida por quem tem autoridade para fazê-lo, que é o Ministério Público.
Ao final, registrou-se um desfile de deputados, das mais distintas legendas, solidarizando-se com Pioneiro, como é próprio do corporativismo parlamentar.

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