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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Alepa: acusados depõem no Ministério Público

O ex-diretor do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Pará), Sérgio Duboc, e a chefe de controle interno da Assembleia Legislativa do Pará, Rosana Castro, compareceram ao Ministério Público do Estado, na manhã desta segunda-feira (23), para prestar depoimentos sobre as denúncias de fraudes na Casa Legislativa. Os depoimentos aconteceram na sala da Promotoria de Direitos Constitucionais, com o promotor Arnaldo Azevedo.

Os depoimentos começaram por volta das 9h e encerraram no final da manhã. O primeiro a ser ouvido foi o ex-diretor do Detran. Segundo informou o Ministério Público Estadual, ele não respondeu as perguntas do promotor de Justiça Arnaldo Azevedo. Duboc saiu sem falar com a imprensa.

Depois foi a vez da chefe de controle interno da Assembleia Legislativa do Pará, Rosana Castro. Ela também se recusou a responder as perguntas do promotor Arnaldo Azevedo.

Ao final dos depoimentos, o promotor concedeu entrevista coletiva à imprensa. 'Por orientação do advogado dos dois, ambos não responderam nenhuma pergunta da promotoria e nada quiseram dizer', afirmou o promotor. Ele explica que o fato não atrapalha nas investigações, uma vez que se trata de um direito dos depoentes, que, amparados por lei, não podem produzir provas contra si próprios.



Ainda na coletiva, o promotor informou que a fase de depoimentos, que deveria encerrar entre os dias 1º ou 2 de junho, deve ser adiada em virtude também do adiamento do depoimento do ex-deputado Robgol. 'Vamos precisar de mais tempo para analisar as provas', informou.

Em relação às empresas criadas para participar das licitações da Alepa, o promotor revelou alguns detalhes sobre como funcionava o esquema. 'Estamos estudando os documentos apreendidos e as empresa expandiam seu ramo de atuação conforme o ramo de atividade da licitação para facilitar as fraudes. Por exemplo, algumas nem forneciam alimentos, mas informavam que sim para participar do processo', revelou.

Sobre a possibilidade de envolvimento dos dois depoentes nas fraudes, o promotor afirmou. 'Há indícios de envolvimento dos dois, até porque há provas de que ele assinava (Duboc) e sabia o que estava fazendo', afirmou. O promotor afirmou que todos os depoimentos são importantes para o processo, mas que o do ex-presidente da Alepa, Domingos Juvenil, deverá ser esclarecedor. 'Como ele era o presidente da Alepa na época, não é possível que desconhecesse todas as fraudes, então, as coisas deve ter passado por ele também', ressaltou.



Em relação ao processo, Arnaldo Azavedo disse que os acusados podem responder por outros crimes também. 'Se ficarem comprovadas as fraudes, eles podem responder por mais crimes. Estamos fazendo um trabalho minucioso para descobrir onde estão as fraudes. Até agora temos provas de que estão envolvidos funcionários e ex-deputados', revelou.

Nesta terça-feira (24), o promotor deve ouvir os depoimentos de Milene Rodrigues Carneiro e Edmilson Franco, ex-chefe de Gabinete de Domingos Juvenil.


Fraudes - Segundo o Ministério Público, durante a gestão de Domingos Juvenil (de 2007 a 2010), os cofres públicos do Estado tiveram um rombo que variava entre R$ 800 e R$ 1 milhão por mês. Doze pessoas, entre servidores e deputados, estão sendo investigados pela Justiça.

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