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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Manifestantes cobram instalação da CPI



A resistência de parte dos deputados em assinar o requerimento que propõe a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades cometidas no setor de pessoal da Assembleia Legislativa tem indignado cada vez mais líderes estudantis, sindicais e de movimentos sociais. No final da manhã de ontem, a rua do Aveiro, onde fica localizado o Palácio da Cabanagem, sede do Poder Legislativo estadual, voltou a ser palco de manifestação pela criação da CPI. Faixas, carro-som e gritos de protesto fizeram parte do ato que também foi marcado pela originalidade. Além da fantasia de fantasmas, os manifestantes levaram ainda dois grandes sacos amarelos com papel dentro, simulando o dinheiro desviado dos cofres públicos durante a gestão do ex-presidente da Assembleia, Domingos Juvenil (PMDB). Em seguida, a "grana" foi queimada na frente da Casa. Um homem do Corpo de Bombeiros esteve no local para conter o fogo. Uma equipe da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) também observou tudo de perto, mas não precisou entrar em ação, já que os manifestantes agiram de forma pacífica.
O protesto de ontem teve a participação de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Ananindeua (Sintepp), do Movimento Estudantil Contraponto e Movimento de Luta Popular (MLP). Uma das pessoas presentes em frente à Assembleia, que afirmava não representar nenhum político ou sindicato, chorou ao se pronunciar diante dos manifestantes e de quem passava pelo local. "Eu não acredito que vocês não tenham piedade e consigam roubar dinheiro da população", disse, emocionada, com os olhos voltados ao Palácio da Cabanagem, Izabel Cristina Lopes, moradora de Ananindeua.
Segundo Beto Andrade, coordenador do Sintepp em Ananindeua, o objetivo do protesto é, mais uma vez, pressionar os deputados a assinar o requerimento que instaura a CPI para apurar as irregularidades cometidas no Poder Legislativo. "A CPI é instrumento legítimo de investigação, garantido por lei. A gente entende que a Assembleia tem que ser respeitada. Mas os primeiros a darem o exemplo deveriam ser os deputados", ressaltou.

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