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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pioneiro entrega documentos ao MP.



Documentos - O presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Manoel Pioneiro (PSDB), se antecipou ao Banpará e entregou ao Ministério Público do Estado, ontem à tarde, parte dos documentos do sigilo bancário da Casa, que ajudarão a elucidar as fraudes no Poder. Os promotores de Justiça receberam seis caixas contendo cópias de extratos, cheques, ordens bancárias, folhas, contracheques e transferências eletrônicas dos anos de 2009 até abril de 2011, além de dois CDs com informações mais antigas. A quebra do sigilo da Alepa foi decretada pelo juiz Helder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, no último dia 28, e atinge o período de janeiro de 1994 até os dias atuais. Apesar da iniciativa de Pioneiro, o banco não está dispensado de entregar os mesmos documentos à Justiça, o que está marcado para as 10 horas da manhã de hoje. O promotor de Justiça Nelson Medrado adiantou que o Banpará vai pedir mais prazo porque ainda não conseguiu levantar todas as informações.
Caixas contêm entre 40 e 60 mil documentos
Manoel Pioneiro foi recebido pelos promotores de Justiça Medrado, Arnaldo Azevedo e Sávio Campos. Estima-se que a caixas entregues ontem contenham entre 40 e 60 mil documentos. É nos papéis que se concentram a atenção do MPE, já que entre eles aparecem as assinaturas de quem recebeu os salários na Assembleia, enquanto os CDs não trazem os contracheques e nem os recibos de pagamento, conforme explicou Medrado. Os documentos fornecidos pelo banco serão comparados aos que foram apreendidos na Assembleia e nas residências de funcionários da Alepa.
Ele disse que o Banpará informou que as informações anteriores a 2005 estão no arquivo do banco e que, por resolução do Banco Central, a instituição está desobrigada de guardar os dados por mais de cinco anos. Por isso, as informações referentes ao período de 1994 a 2005 estariam incompletas, mas a parte que está preservada será entregue. O banco justificou que o levantamento do período determinado pelo juiz é trabalhoso e longo e, por isso, precisa de mais tempo para ser concluído. Amanhã o procurador jurídico do Banpará deve propor ao juiz Lisboa um cronograma de entrega que deve ser concluído somente em 11 de junho.
Os promotores receberam ontem a visita do chefe da Casa Civil do governo do Estado, Zenaldo Coutinho (PSDB), que presidiu a Alepa de 1995 a 1996. A preocupação do ex-deputado era com o caso do vendedor de mariscos Ricardo Monteiro da Silva, de 24 anos, que foi incluído na folha de pagamento da Alepa como laranja. O contracheque emitido em nome dele, o vendedor aparece com cargo de técnico legislativo, salário de R$ 15,7 mil e nomeação no ano de 1988, período em que tinha apenas um ano de idade. Zenaldo foi informado que Ricardo não foi nomeado naquele ano, mas posteriormente, e que o nome do vendedor foi usado na matrícula de outra servidora. O ex-parlamentar queria saber se existe alguma denúncia contra ele, mas os promotores disseram que as investigações ainda estão em curso.

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