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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Greve ronda a saúde no Pará


Servidores de três hospitais públicos de belém ameaçam parar; ato foi advertência

Funcionários da Fundação Santa Casa e dos hospitais de Clínicas Gaspar Vianna, Ofir Loyola e Abelardo Santos, todos em Belém, fizeram uma manifestação, ontem pela manhã, para cobrar melhorias nas condições de trabalho e aumento no valor da remuneração do plantão. Os manifestantes usavam nariz de palhaço durante o protesto. A Santa Casa teve um expediente com apenas 30% do quadro funcional trabalhando pela manhã.
Os insatisfeitos são funcionários dos setores de assistência social, psicologia e técnicos. O técnico de enfermagem do Hospital de Clínicas, Marcelo Miranda, se fantasiou de esqueleto para denunciar a falência do sistema de saúde pública. 'O ato é uma oportunidade de protestar contra o não pagamento de plantões extras e da Gratificação de Desempenho Institucional (GDI). Somente os médicos são privilegiados. É uma decisão incoerente. Todos devem ter um reajuste melhor e são necessários mais investimentos em saúde', afirmou.
Marcelo Miranda explicou que os percentuais de reajuste salarial concedidos neste ano aos servidores da saúde foram de 25% para o nível médio e de 6% para o fundamental. Segundo a categoria, os percentuais ficaram muito abaixo dos 61% de aumento dados aos médicos que atendem nos hospitais públicos estaduais. 'Os médicos estão ganhando em um plantão de 12 horas R$ 1.000, enquanto que os funcionários com níveis fundamental, médio e até nível superior que não são médicos estão ganhando R$ 360. Nós queremos que vá para, no mínimo, R$ 600', afirmou o técnico de enfermagem.
Os servidores que participaram do ato prometeram entrar em greve caso as reivindicações não sejam atendidas. Para tratar sobre esse assunto, hoje os trabalhadores se reúnem na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) para negociar o aumento no percentual de reajuste, equiparado com a dos médicos.
Em nota, o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, disse que o governo do Estado não tem condições de atender às reivindicações dos profissionais de saúde no que tange à equiparação de plantão em relação à categoria médica, mas ressaltou que eles também receberam aumento de 25% nos valores dos plantões.
A solução, segundo o secretário, é a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos funcionários da saúde estadual, com o intuito de valorizar as diversas categorias, e realizar concursos públicos para reduzir a necessidade dos plantões. Helio Franco destacou que o Pará é o único Estado do Brasil em que há isonomia salarial entre os profissionais médicos e demais categorias da saúde.

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