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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pará exige a CPI da roubalheira


 
Sociedade cobra a apuração das fraudes milionárias na Alepa


A sociedade exigiu, durante a caminhada, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades na Alepa. Segundo o Ministério Público estadual, parlamentares mantinham uma rede de funcionários fantasmas em um esquema que pode ter desviado R$ 1 milhão por mês, entre 2007 e 2010. Onze dos 41 deputados do Pará já assinaram o requerimento que pede a abertura de CPI. São necessárias 14 assinaturas.
Na chegada da manifestação, faixas e cartazes de protesto foram pendurados nas grades do Legislativo. Um banner com as fotos dos parlamentares que ainda não assinaram a CPI se destacava. O protesto foi pacífico, sem qualquer incidente. Entidades como os movimentos de mulheres, negros, lésbicas, gays, transexuais e bissexuais (LGBT) e de luta pela moradia, pela vida e educação, centrais sindicais, entre outros, aproveitaram para defender causas diversas. Muita gente exibia a cara pintada e o nariz de palhaço que marcaram as mibilizações sociais que levaram ao impeachment do presidente Fernando Collor de Melo em 1992.
Muitos manifestantes se fantasiaram. Havia fantasmas, presidiários, matintas-perera e até "Domingos Juvenil", o ex-presidente da Alepa apontado como um dos envolvidos nas fraudes da Alepa. Um enorme boneco, com as mãos algemadas, representava o ex-deputado federal Jader Barbalho, conhecido por sua história de corrupção e taxado de ficha suja pela população paraense.
Para a atriz Maria Borges, a matinta, a indumentária que escolheu foi "uma forma de protestar não só contra a corrupção, mas contra o descaso com o meio ambiente e pelas pessoas que morreram assassinadas".
Os únicos integrantes da Alepa a participar da manifestação foram os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL) e Carlos Bordalo (PT). Ao lado Jarbas Vasconcelos, presidente da OAB-PA, estava o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, e os dirigentes seccionais da Ordem nos Estados do Maranhão e do Amazonas, Mário Macieira e Fábio de Mendonça. Foram à passeata, ainda, a senadora Marinor Brito (PSOL), o presidente do PTdoB/Pará Zezinho Lima, o vereador de Belém Alfredo Costa (PT) e a cantora Gaby Amarantos. O bispo do Marajó, dom José Luiz Azcona, defendeu que os deputados estaduais entreguem os cargos em nome da moralidade.
Do alto do carro-som, o Ophir Cavalcante bradou, na chegada à Alepa: "Este é um ato cívico de cidadania em que o povo do Pará diz basta à corrupção. O dinheiro conquistado pelo trabalhador, de sol a sol, foi parar nos bolsos dos corruptos. O Pará não merece esse tipo de gente. Para ser respeitada, é necessário que a sociedade continue a gritar para que aqueles que estão no poder não esqueçam que o proprietário do cargo público é o povo".

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