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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fábrica de tapioca fazia obras e vendia até material elétrico na ALEPA


A Comissão Externa da Câmara Federal, que esteve em Belém na semana passada, trouxe mais elementos para as investigações do Ministério Público do Estado sobre as fraudes na Assembleia Legislativa do Pará. Segundo a denúncia, que foi veiculada ontem pela TV Liberal, a empresa JC Rodrigues de Souza, de propriedade de José Carlos Rodrigues de Souza, é registrada como fabricante de farinha de tapioca e derivados, mas sempre saía vitoriosa de licitações da Casa para serviços diversos.
A firma forneceu materiais elétricos e prestou obras de engenharia, entre 2005 e 2006, recebendo mais de R$ 2 milhões pelos serviços. O presidente do Poder era o atual senador Mário Couto (PSDB) e a integrante da Comissão de Licitação era a ex-mulher do empresário, Daura Irene Xaver Hage, que chegou a ser presa temporariamente durante as investigações do MPE.
Em 2007, a ex-deputada Regina Barata (PT) chegou a denunciar o caso no plenário da Alepa. Na ocasião, o ex-presidente da Alepa ganhou o apelido de "Tapiocouto". A referida empresa, cujo nome fantasia é Croc Tapioca, também fornecia farinha de tapioca, usada na Alepa para servir mingau aos deputados e assessores em plenário.
A matéria da repórter Jalília Messias exibiu notas fiscais comprovando que a JC Rodrigues forneceu material elétrico para a Alepa no valor de quase R$ 80 mil, em março de 2006. A reportagem exibiu a assinatura de Daura no processo licitatório que teve a firma do ex-marido como vencedora. Outra nota fiscal, de maio de 2006, emitida pela empresa Tópicos Comércio de Gêneros Alimentícios Ltda, venceu a licitação da Alepa de R$ 148 mil para reformar o auditório e a galeria de ex-presidentes da Casa. A Tópicos tem o mesmo dono e o mesmo endereço da Croc Tapioca, em Icoaraci, mas não tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
O advogado Américo Leal falou em defesa de Daura Hage na reportagem da TV. Ele defendeu a honestidade da servidora da Alepa e disse que ela era subordinada e, portanto, cumpria ordens.

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