Icoaraci poderá votar por sua emancipação política ainda este ano, caso a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprove o projeto que prevê a separação de Belém. Desde o mês passado que a Comissão Pró-Emancipação de Icoaraci pede agilidade para a votação do projeto. Em setembro, um plebiscito deverá ser realizado para que os moradores de Icoaraci votem se são a favor ou contra a emancipação política do distrito. Para os moradores de Belém, o voto é facultativo. Se a maioria dos moradores de Icoaraci votar a favor da emancipação, o distrito passará a ser o 145º município paraense. Ontem, integrantes da comissão se reuniram na sede da Associação Comercial de Icoaraci (ACI) para debater as estratégias que serão utilizadas na campanha de conscientização da população para o plebiscito.
A expectativa do presidente da Comissão Pró-Emancipação de Icoaraci, Armando Tavares, é de que nas próximas eleições para prefeito os moradores de Icoaraci possam eleger o seu primeiro gestor municipal. De acordo com ele, o distrito tem todas as condições que o tornam apto a ser município. "Esta é uma luta que dura mais de 20 anos. Um projeto chegou a ser aprovado, porém Hélio Gueiros, então governador do Estado na época, vetou o primeiro projeto e a emancipação não aconteceu", ressaltou.
Para o diretor técnico da Comissão, Abid da Conceição, Icoaraci possui todos os requisitos exigidos pela lei para se tornar município. "A lei exige que, para se tornar município, a localidade tenha no mínimo cinco mil habitantes, sendo que 2 mil sejam eleitores. Icoaraci tem quase 380 mil moradores; destes, 125 mil são eleitores", frisou. De acordo com a Agência Distrital de Icoaraci, o número de habitantes é de 300 mil. No mês passado, a comissão esteve na Alepa e foi recebida pelo relator do processo, deputado estadual Pio X. Na ocasião, foi apresentado um estudo assinado pela Alepa, em 2001, que confirmava que o distrito de Icoaraci estava pronto para ser emancipado.
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