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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

terça-feira, 10 de maio de 2011

“Jornal Nacional” exibe fraude da alepa


Telejornal mostra crise do Legislativo do Pará e exibe os R$ 500 mil apreendidos na casa do ex-deputado Robgol
O escândalo de desvio de recursos públicos na Assembleia Legislativa do Pará ganhou a tela do 'Jornal Nacional', da Rede Globo, ontem. Todo o Brasil pôde assistir ao esquema de fraudes da folha de pagamento do Poder, que, entre os anos 2007 e 2010, usou pessoas carentes da periferia de Belém como servidores laranjas da Casa, além de conceder gratificações e nomeações ilegais.
A ex-chefe da Divisão de Pessoal da Casa, Mônica Alexandra Pinto, que revelou as fraudes ao Ministério Público do Estado em troca da delação premiada, confirmou que recebia ordens do ex-presidente da Alepa Domingos Juvenil (PMDB) para praticar as ilegalidades na folha. Foi exibido um dos bilhetes que ela recebeu da chefia de gabinete de Juvenil para 'majorar salários através de atos secretos', conforme ela explicou, ou seja, aumentar os salários sem a publicação em Diário Oficial, conforme determina a lei.
O apresentador William Bonner foi quem chamou a matéria do repórter setorista no Pará, Fabiano Vilela. A doméstica analfabeta Ivonete Silva, de 43 anos, aparece na matéria veiculada ontem pelo JN. No contracheque emitido sem o conhecimento dela, Ivonete aparece com salário de R$ 10.137,00. 'Você acha que se eu recebesse esse salário eu morava assim numa casa com essa condição?', questiona ao repórter. 'A gente precisando de médico, de polícia na rua. É revoltante', conclui ela. Outro laranja entrevistado foi o vendedor de mariscos Ricardo Rafael Monteiro da Silva, de 24 anos, que vive de um salário mínimo (R$ 545,00). Ele também teve o nome incluído na folha da Assembleia como técnico legislativo com salário de R$ 15.700,00. De acordo com o contracheque a nomeação teria ocorrido em primeiro de agosto de 1988, época em que ele tinha apenas um ano de idade. 'Tem gente se aproveitando do meu nome', reclama.
A matéria da Globo deu destaque ao ex-deputado José Robson Nascimento, o Robgol (PTB), que mantinha parentes do interior da Paraíba, onde nasceu, como fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Pará. A reportagem também mostrou as pilhas de cédulas apreendidas na casa de Robgol, no total de R$ 500 mil, durante a busca e apreensão realizada pelo MPE com autorização judicial, no último dia 19.
O promotor de Justiça Arnaldo Azevedo, que conduz as investigações no Ministério Público, disse acreditar que o dinheiro seria originário dos salários que os parentes do ex-jogador recebiam na Alepa. 'Os parentes (de Robgol) que moram na Paraíba figuravam na folha, mas nunca trabalharam na Assembleia Legislativa do Pará', assegurou o promotor.
Mônica Pinto reafirmou, em rede nacional, que, além dos laranjas, havia servidores fantasmas que recebiam parte do salário e repassa o restante ao deputado ao qual fosse ligado. A reportagem exibiu um dos bilhetes recebidos por ela da chefia de gabinete de Juvenil, como o que determina a promoção de uma estagiária para um cargo de Direção e Assessoramento Superior (DAS) com gratificação de R$ 12 mil. Uma lista com pessoas 'sem lotação' e gratificações desse valor foi exibida na matéria.
O repórter lembrou da recente decisão judicial que determinou a quebra do sigilo bancário da Alepa e explicou que o objetivo do MPE é comparar a folha de pagamento oficial, apreendida na Casa, no último 19, com a folha efetivamente paga pelo banco a cada mês. Há indícios de que a folha verdadeira tinha os pagamentos ilegais apagados antes de ser arquivada no Departamento Financeiro. Ao final da matéria, a apresentadora Fátima Bernardes leu nota em que Juvenil e * negam as acusações.

2 comentários:

  1. Escândalo na ALEPA, auditoria nas contas de campanha já !
    O escândalo na ALEPA é um atentado a democracia, pois a instituição que deveria está a serviço do povo, hoje se encontra se servindo do cidadão paraense, a função de fiscalizar o executivo fica sem sentido, pois que moral os atuais deputados tem para fiscalizar o governo atual.
    Portanto o Movimento Popular Unificado de Belém – MPUB repudia essa sujeira que se pratica contra a população carente de nosso estado que padece nas filas dos hospitais, sofrem com o desemprego, com as escolas caindo em suas cabeças e professores mal remunerados, a insegurança campeia em nossas comunidades, enfim um estado sem governo e sem fiscais, pois todos foram pegos de calças curtas, e o mau cheiro exala naquele poder corrompido.
    Neste sentido estamos propondo ao Ministério Publico Eleitoral uma auditoria nas contas dos candidatos reeleitos a ALEPA, afim de que seja verificada a relação do dinheiro desviado com o financiamento de suas campanhas, haja vista que fatos novos vieram a tona com o avanço das investigações do MP e da policia, pois 70% dos deputados foram reeleitos e na sua maioria estão vinculados ao esquema de corrupção, cabe ao Tribunal Eleitoral realizar uma ampla investigação para se manter confiável perante a opinião publica paraense. Se comprovadas as falcatruas que se proceda a substituição dos mesmos pelos suplentes dos deputados envolvidos.
    Vladimir Gomes
    Presidente do MPUB
    81365363 mpub@bol.com.br

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  2. Não vejo tal possibilidade de intervenção investigativa emergencial e substituição sumaria aos acusado/, só aocntecerá como ocorreu agora, se houver uma denuncia do alto escalão, a sujeira só se espalha quando um figurão se sente lesado.
    Mas os paraense em especial os belenense devem cobrar uam explicação ... imediata do Legislativo...
    E estranho imaginar que ninguem é confianvel no meio políco enos confiamos de uma certa maneira a nossa vida um lobo.. (político)faminto por sifras.
    *Todos os partidos configuram este quadro triste.

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