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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Marinor discute no senado


A votação do Projeto de Lei 122/06 que criminaliza a homofobia terminou em bate boca na manhã desta quinta-feira. Durante a entrevista da relatora do projeto, senadora Marta Suplicy (PT-SP), os senadores Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marinor Brito (PSol-PA) quase saíram no tapa quando o deputado tentou exibir seu panfleto contra a PL 122 para as câmeras que entrevistavam a relatora. "Foi uma atitude covarde. Ele veio por trás da senadora Marta quando ela estava dando uma entrevista”, comenta Marinor, que acusa Bolsonaro de fazer chacota da senadora Marta Suplicy.
De acordo com Marinor, Bolsonaro chegou para provocar. “Eu vi que eles estavam ali numa atitude provocativa e eu agi. Agi pedindo que eles saíssem dali e que respeitassem a nossa presença enquanto mulheres que possuem uma opinião, um debate”, afirma. Ainda de acordo com Marinor, Bolsonaro teria ido até as câmeras somente após perceber que Marta Suplicy estava dando uma entrevista.
AGRESSÃO
“O Bolsonaro é contra esse projeto porque ele tem medo de ser preso após a aprovação. Não é de hoje que ele dá declarações ofendendo as pessoas”, afirma a senadora. Na opinião dela, Bolsonaro tem aversão a mulheres. “Ele agrediu a atual ministra Maria do Rosário quando ela era senadora, a então deputada Manoela D’ávila (PCdoB-RS), a Preta Gil e agora a mim?! Sabe-se lá quantas outras agressões ele já não cometeu contra mulheres!”, questiona.
Ela entrará com uma representação contra o deputado na Corregedoria da Câmara e no Conselho de Direitos da Pessoa Humana. “Já entrei em contato com o presidente José Sarney. Isso não é comportamento de um deputado federal. Não é condizente com as regras do congresso nacional”.
FALTA DE ARGUMENTOS
De acordo com o deputado, Marinor partiu para a agressão por não ter argumento contra a campanha que ele está fazendo. “Eles não têm argumento contra o que eu estou fazendo por aí. Perderam a razão e partiram pra agressão”, afirma. Segundo ele, seu panfleto não tem nada além do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal.
Bolsonaro acusa os defensores do projeto de tentarem aprovar a PL 122 sem debater. “Essa aprovação na Câmara foi uma fraude. Ninguém discutiu nada. O texto foi colocado em pauta numa quinta-feira à tarde, completamente esvaziada”, acusa. “No Senado, eles queriam aprovar na moita de novo. Armaram essa data, mas se deram mal porque nós ficamos sabendo e fomos até lá.”, afirma Bolsonaro. Na votação, estavam presentes defensores dos direitos homossexuais e opositores do projeto ligados à Igreja Evangélica e Católica. (eBand)

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