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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PT já não sonha alto com cargos federais no Estado

A direção estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Pará continua dialogando com a cúpula nacional do partido sobre o preenchimento dos cargos federais no Estado, mas a tendência é de que venham a ocorrer apenas mudanças pontuais. Ao dar ontem a informação, o líder do PT na Assembleia Legislativa, Carlos Bordalo, praticamente admitiu a permanência dos atuais dirigentes de estatais, autarquias e bancos públicos da região Norte.
A declaração de Bordalo confirma, de certa forma, o noticiário que tem sido gerado nos dois últimos dias com origem em Brasília. Segundo essas informações, a presidenta Dilma Rousseff teria decidido manter nos cargos o atual presidente da Sudam, Djalma Bezerra de Mello, o presidente do Banco da Amazônia, Abidias Júnior, e o presidente da Eletronorte, Josias Matias de Araújo. O que se diz é que a presidenta achou prudente não mexer na gestão de órgãos que estão funcionando bem. De resto, evitaria com isso o acirramento de ânimos na disputa por cargos entre PT e PMDB.
Segundo Carlos Bordalo, a metodologia adotada pelo PT para o trato da questão relacionada com o preenchimento dos cargos no Pará e na região, se encaminhou no sentido de preservar efetivamente as composições atuais, apenas com ajustes onde eventuais mudanças se fizerem necessárias. Foi esse, conforme frisou, o método adotado pelo partido no Pará, discutindo no âmbito local a questão dos cargos e encaminhando ao governo suas sugestões através da direção nacional do partido.
CONTINUIDADE
Bordalo não desqualificou a versão de que o governo, ao evitar mudanças, estaria também afastando o risco de aprofundamento das disputas com o PMDB na ocupação de cargos na administração federal. Acima de tudo, segundo ele, o que pesou nessa decisão, porém, foi a compreensão, tanto do governo quanto do partido, da necessidade de se evitar a descontinuidade de políticas públicas já em andamento, todas elas consideradas de vital importância para o Estado e para a sociedade.
Algumas das ações de governo, no Pará e na região Norte, segundo Bordalo, se caracterizam pela complexidade e por tratarem, em alguns casos, de questões extremamente sensíveis. Como exemplos, citou Belo Monte e outros empreendimentos hidrelétricos projetados para execução no Pará. “O PT estadual entendeu perfeitamente essa lógica e concluiu pela conveniência de preservar tanto quanto possível as políticas em andamento. Nós não poderíamos comprometer as ações de governo criando riscos de ruptura”.
Bordalo declarou que o processo de recomposição dos cargos federais no Pará, mesmo que limitado a ajustes pontuais, acabou sofrendo atraso em virtude dos problemas de saúde do presidente nacional do partido, José
Eduardo Dutra. Com a troca de comando na direção nacional, a partir da eleição do deputado Rui Falcão para o lugar de Dutra, ele acredita que as nomeações devam ser agilizadas a partir de agora. Além da Sudam, Banco da Amazônia e Eletronorte, Bordalo cita o Incra como órgão passível de recomposição no Pará.

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