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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

domingo, 19 de junho de 2011

25 mil assinaturas contra a corrupção são entregues ao MP

ASS-MP_PL9“Passo às mãos de vossas excelências as assinaturas de 25 mil paraenses que pedem a prisão preventiva e o sequestro dos bens de todos os envolvidos nos desvios de verbas públicas na ALEPA”. Foi com essa frase que Jarbas Vasconcelos, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Pará – OAB/PA, entregou aos representantes do Ministério Público Estadual (MPE) o abaixo-assinado contendo assinaturas da campanha contra a corrupção, promovida pela OAB.
O evento de entrega dos documentos aconteceu no Auditório da Vara da Infância e da Juventude do MP, que lotou com a participação de líderes sindicais, movimentos sociais e estudantis, autoridades e imprensa. Componentes da União Nacional de Estudantes (UNE) entoaram canto em protesto à corrupção. “Pra roubalheira acabar, prisão dos ladrões já!”, cantavam.
Vinte e um dias. Esse foi o tempo de coleta das assinaturas que mobilizou toda a sociedadeASS-PL11 paraense com propósito incomum, reivindicar punições aos envolvidos nos escândalos que envolvem o desvio de verbas públicas na Assembleia Legislativa do Estado. Jarbas afirmou que durante o tempo de coleta, percebeu a descrença da sociedade na política paraense e enalteceu a responsabilidade das lideranças no recondicionamento da sociedade. “Nós como líderes temos o dever de fazer com que o que o poder Judiciário cumpra suas responsabilidades. O judiciário tem o dever de espantar essa sensação de impunidade presente em nossa sociedade. o povo necessita da prova de que o judiciário é capaz de funcionar e punir os poderosos que lapidam os cofres públicos”, protestou.
ass-Mp_pl1Na ocasião, Vasconcelos questionou a falta de empenho e de ação da justiça brasileira que, segundo ele, se mantém quieta em relação aos acontecimentos que assolam a realidade pública do país. “A sociedade é obrigada a conviver com a impunidade presente em nossa justiça que é lenta e impune e nós precisamos de uma justiça dura! É preciso que esta seja certa, clara e executada em favor do indivíduo trabalhador”, discursou.
Em discurso, Jarbas deixou claro que o papel da Ordem em promover atos públicos em favor da sociedade é o de mobilizar outros órgãos de poder para que ajam em favor e benefício do povo. “A OAB está aqui representando a sociedade, pedindo o apoio do MP para tomar as medidas cabíveis contra essas lideranças que roubam o povo. Não é uma reivindicação apenas da Ordem, é uma mobilização social de um povo que clama por justiça e por direitos. A sociedade está junta do MP nestas causas”, considerou.
O procurador-geral de justiça em exercício no MP, Jorge Mendonça Rocha, que recebeu as assinaturas, disse que todo o documento será avaliado com cautela e pediu tempo para que as apurações sejam executadas junto aos promotores responsáveis pelas investigações.ass-Mp_pl5 Segundo Rocha a sociedade desempenhou um papel fundamental no processo de desenvolvimento democrático e ação social. “Todos que estão reivindicando realizam um trabalho mais importante do que o nosso. Nós temos certeza que o apoio dessas entidades é fundamental para que possamos levar com coragem a nossa função ministerial”, afirmou.
O movimento de coleta de assinaturas teve início no dia 28 de maio, com a realização da Caminhada Cívica Contra a Corrupção, Pela Vida, Pela Paz que mobilizou mais de 15 mil pessoas, que foram às ruas protestar contra a corrupção na política paraense. Desde essa data, funcionários da Ordem, líderes sindicais, movimentos sociais e estudantis, a sociedade em geral, se mobilizaram para coletar as assinaturas que foram entregues hoje ao MP.
Jarbas lembrou que o movimento da OAB não foi concluído e que a criação de um fórum contra a corrupção está sendo pensado com vista a incentivar a punição de políticos corruptos e impedir que esses participem do processo eleitoral. Segundo ele, a Ordem não descansará enquanto os envolvidos não forem devidamente punidos. “Estamos com ideia de monitoramento permanente, é um direito da sociedade. A Ordem não se manterá quieta enquanto esses ladrões que representam o povo de bem não forem presos, com seus bens sequestrados e o dinheiro devolvido aos cofres públicos”, finalizou.
No evento representava o MP, além de Jorge Mendonça, Raimundo Alves, corregedor geral do MP. Jarbas estava acompanhado do Arcebispo Metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, do Deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), do presidente do PTdoB/Pará Zezinho Lima, vereador Marquinhos do PT e de conselheiros da OAB.

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