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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blitz em Belém, condena dar esmola


Campanha volta à ruas com a mensagem de que "por trás de uma criança que pede tem sempre um adulto que manda"
 
Fundação Papa João XXIII (Funpapa) promoveu ontem de manhã mais uma blitz educativa da campanha "Não dê esmola - Por trás de uma criança que pede tem sempre um adulto que manda", que vem sendo realizada desde o ano passado. A blitz marcou o Dia Mundial da Erradicação ao Trabalho Infantil e ocorreu no semáforo que fica na avenida Presidente Vargas com as avenidas Nazaré e Serzedelo Corrêa. No local, cerca de 50 pessoas expuseram faixas e cartazes e distribuíram material educativo. A ação ocorreu de 9h às 12h e teve a parceria do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest).
Segundo Andréa Alves, coordenadora da Proteção Social de Média Complexidade do município, o objetivo da campanha é conscientizar a sociedade para não dar esmolas ou comprar produtos oferecidos por crianças nas ruas de Belém. "Como diz o próprio nome da campanha, por trás de uma criança dessas sempre tem um adulto, seja ele o próprio pai, um traficante ou explorador. Se a população se conscientizar e não der mais o dinheiro, as ruas deixarão de ser um atrativo", explica a coordenadora. Segundo ela, a presença de crianças nas ruas traz uma série de prejuízos, como a ausência da criança na escola e até mesmo a possibilidade de envolvimento no mundo das drogas.
Os semáforos são pontos onde se costuma verificar com frequência a presença dessas crianças ou adolescentes. "A Funpapa já vem trabalhando desde o ano passado nos sinais de Belém e conseguimos, com isso, erradicar o trabalho infantil na maioria deles", afirma Andréa. No entanto, segundo ela, ainda há pontos críticos, como o semáforo da avenida Almirante Tamandaré com Padre Eutíquio ou às proximidades do Hangar. A coordenadora alerta que outra preocupação do poder público é em relação às vans, pois tem se verificado uma grande quantidade de crianças e adolescentes trabalhando nestes veículos.
Atualmente, a prefeitura não possui um levantamento sobre a quantidade de menores de idade que pede ou trabalha nas ruas, mas a Funpapa garante que a campanha tem surtido efeito e que tem conseguido minimizar o problema. "Na fiscalização do verão passado encontramos 109 crianças trabalhando ou pedindo em seis locais. Agora, no Carnaval, fiscalizamos os mesmos locais e o número ficou em 22", afirmou.

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