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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Direto de O Liberal: O corrupto 'benfeitor'


Falar em corrupção perto de um corrupto eriça-lhe os pelos.


Um corrupto quer sempre roubar só. Seu sonho é sempre surrupiar na moita, às escondidas, às esconsas, como faz todo ladrão escolado.


Quando aparece alguém apontando as ladroagens de um corrupto que tem como aspiração roubar nas caladas, quando surge alguém que adverte sobre seus crimes e sobre a origem suja de seus ganhos, de seu patrimônio, então o corrupto se exaspera.


Mas às vezes há corrupto que, independentemente do fato de exasperar-se, tenta ornar seu patrimônio, faz de tudo para mostrá-lo à sociedade envolto num embrulho feito de laços e penduricalhos.


A intenção, mal disfarçada, é uma só: tentar incutir na mente e no coração de todo mundo que o produto dos assaltos aos cofres públicos está sendo usado, digamos, no interesse da coletividade.


É assim, exatamente assim, que o corrupto daqui - pós-graduado no assalto aos cofres públicos, há 25 anos barbalhizando o erário - tem feito nas últimas semanas.


É assim que o corrupto daqui, dono de rádio, jornal e emissora de televisão adquiridos com dinheiro barbalhizado, tem feito recentemente.


Convém alertar, no entanto, para mais essa jogada, para mais essa barbalhização do corrupto.


O ladravaz, sabem todos, formou o que se convencionou chamar de Rede de Corrupção da Amazônia (RCA) para conferir à sua imagem uma tintura de benfeitor da coletividade, de promotor das mais nobres iniciativas voltadas a destacar talentos, habilidades e potencialidades de pessoas e empresas.


O corrupto daqui, que se escora na RCA para encobrir ladroagens que protagoniza há mais de 25 anos - todas elas, aliás, devidamente expostas em dossiê que os jornais O LIBERAL e 'Amazônia' - publicaram recentemente, faz de tudo para transmitir a impressão de que sua mídia - a que corrompe a verdade - seria especialista em externar os anseios do Pará.


O corrupto daqui - notório ficha suja, ladravaz que definitivamente virou símbolo, emblema e sinônimo de corrupção - pode fazer o que quiser. Nunca vai conseguir, todavia, livrar-se do estigma de que é ladrão. E jamais conseguirá desvincular-se da roubalheira que lhe proporcionou acumular patrimônio incomparável, integrado por veículos de comunicação postos a seu serviço.


O corrupto daqui não conseguirá, por mais que tente, enganar os paraenses. Não conseguirá desfazer a imagem que todo o Pará, que todo o Brasil têm dele: a de um corrupto rematado, apontado por procuradores da República como o esperto comandante em chefe de 'organização criminosa' que se conluiou para aliviar os
cofres da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).



O corrupto daqui, aquele mesmo que já sentiu na própria pele a frigidez das algemas, quando foi levado preso, em 2001, para uma cadeia da Polícia Federal no Estado do Tocantins, não conseguirá legalizar seus bens, não logrará êxito em suas manobras para desfazer a convicção geral de que provieram da roubalheira.


O corrupto daqui, réu interestadual, personagem principal de ações com julgamento concentrado no Supremo Tribunal Federal (STF), não conseguirá ludibriar os paraenses que se revoltam, há mais de duas décadas, com a impunidade asquerosa que lhe permitiu formar, inclusive, uma rede de comunicação com o propósito indisfarçável de mostrá-lo como ladrão operoso, trabalhador e realizador.


O corrupto daqui pretende que todo o Pará, que todo o Brasil se rendam diante daquela máxima corrupta do 'rouba, mas faz', princípio condutor das ações de ladrões que, muito embora ladrões, pretendem transmitir a imagem de que são trabalhadores e pensam dia e noite, noite e dia apenas no bem da coletividade.


Isso é mais uma das piadas do corrupto daqui, que nunca pensou em nada, a não ser no próprio bolso. A RCA que o diga.

Fonte: O Liberal

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