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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Promotores do caso Alepa negam influências de força política no órgão

Os promotores de justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo, Nelson Pereira Medrado, Milton Luís Lobo de Menezes e Gilberto Valente Martins, todos atuantes na apuração do desvio de recursos milionários da Assembleia Legislativa do Pará, enviaram ontem nota à redação negando haver "qualquer interesse político visando ‘amarrar’ as investigações, com a participação do ex-procurador-geral de justiça, Geraldo Rocha, ou de qualquer outra autoridade do Ministério Público do Estado".
A resposta se refere à matéria do último domingo em O LIBERAL, intitulada "Grupo de promotores pede o afastamento de procuradores suspeitos", que relata o envio do pedido de providências ao procurador-chefe do Ministério Público Federal no Pará, Ubiratan Cazetta, à Procuradoria Geral da República e ao Conselho Nacional do MP por conta da nomeação ilegal da promotora de justiça Lorena Barbosa, filha de um dos principais aliados políticos do ex-presidente da Alepa, Domingos Juvenil (PMDB). A nomeação foi feita pelo ex-procurador-geral do MPE, Geraldo Rocha, no final de 2010, desrespeitando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os promotores que elaboraram o pedido de providências não foram identificados pela reportagem e nem pelo MPF. Eles pedem, no documento, que "as autoridades anulem os atos fraudulentos, punam os infratores, inclusive com o afastamento do durante as investigações e, ao final, punam os mesmos com a perda de cargo".
Após a operação surpresa de busca e apreensão de provas das fraudes na Assembleia e em residências de envolvidos, no último dia 19 de abril, Rocha, que estava de férias, voltou ao MPE e assumiu a coordenação do Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado e ás Organizações Criminosas (Gproc) e do Centro de Apoio Operacional Criminal, onde parte das investigações do caso Alepa está concentrada.
Na nota, os promotores do caso Alepa afirmam que "desde que o Dr. Geraldo Rocha assumiu a coordenação do Geproc, vem dando irrestrito apoio as investigações". Afirmam ainda que a notícia "carece de qualquer credibilidade" porque os autores são "anônimos" e que o conteúdo do "suposto" documento enviado à PGR "é inverídico".
A promotora de justiça Lorena de Moura Barbosa enviou nota à redação para "esclarecer, em respeito à sociedade, a verdade dos fatos e, principalmente, a credibilidade com relação ao meu trabalho enquanto promotora de justiça, bem como a moralidade da Instituição Ministério Público do Estado".

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