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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Robgol diz que R$ 500 mil são legais


Apesar do assessor de Robgol (PTB) ter garantido que ele daria entrevista, o ex-deputado não parou para falar com a imprensa após prestar depoimento ao Ministério Público. Protegido por alguns seguranças, ele tentou driblar os repórteres andando rapidamente em direção ao carro, enquanto respondia algumas das perguntas que eram feitas. Ele se defendeu de todas as acusações com as mesmas respostas que haviam sido dadas um dia antes pelo seu advogado, Roberto Lauria.
O ídolo do Paysandu garantiu que os quase R$ 500 mil encontrados em sua casa têm origem legal e que tem como comprovar os ganhos, pois teriam sido declarados no Imposto de Renda. Quanto aos R$ 40 mil em tíquete-alimentação, Robgol argumentou que esses vales eram 'sobras' de seu gabinete. De acordo com o que o advogado Lauria havia explicado na segunda-feira, ao perder a eleição, o ex-deputado retirou vários materiais de seu gabinete e levou para casa, inclusive os tíquetes-alimentação. Por isso, segundo o advogado, muitos dos vales encontrados estavam vencidos.
Robgol confirmou aos repórteres que foi ele mesmo que incluiu seus familiares da Paraíba na folha de pagamento da Assembleia. Acusado de contratar 'fantasmas', pois, segundo o MP, muitos desses familiares nunca sequer pisaram no Estado, o ex-jogador negou as denúncias e afirmou que todos os parentes presentes na folha trabalhavam na Assembleia como seus assessores. Um dos fatores que contradizem essa afirmação é o fato do Ministério Público ter encontrando com Elzilene Lima, assessora do ex-deputado, procurações para que ele mesmo pudesse sacar o dinheiro de seus familiares que estariam trabalhando no Poder Legislativo paraense. Questionado sobre esse fato, Robgol argumentou apenas que isso acontecia porque 'eles (parentes) exerciam trabalhos políticos'. Argumentou ainda que tinha apenas 33 dos 45 assessores parlamentares que os deputados têm direito.

Cancelada a ida de ex-diretora a ministério

O depoimento da ex-diretora administrativa da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Maria Genuína Carvalho de Oliveira, que seria realizado na tarde de ontem, foi cancelado. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, o promotor que apura o caso, Arnaldo Azevedo, considera que o primeiro depoimento prestado por Genuína de Oliveira, no final de abril, foi satisfatório para as investigações.
Na ocasião, a ex-diretora, acusada, entre outras coisas, de receber supersalário, mostrou o que seriam seus reais contracheques ao promotor e disse que a documentação apresentada por Mônica Pinto mostrava valores diferentes daqueles recebidos por ela quando era diretora, e ainda que não recebeu nada que outros DAS 5 não ganhassem na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

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