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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

sábado, 4 de junho de 2011

Direto do Blog do Edmilson

Maré de Resistência - Ato político desmascara farsa em primeira reunião de Comitê Gestor de Belo Monte

Liderança indígena protesta contra a presença do deputado Zé Geraldo (PT)


O circo para instituir o Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, ontem, 3, em Altamira (PA), não aconteceu da forma que o Governo Federal, o consórcio Norte Energia e latifundiários queriam. Em ato político conduzido pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, povos indígenas tomaram a mesa da primeira reunião e denunciaram manipulação na indicação de indígenas ao comitê. Integrantes da Casa Civil e da Secretaria Especial da Presidência da República conduziam a farsa.
Antônia Melo, líder do Xingu Vivo, leu nota de repúdio a licença concedida pelo Ibama à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e ao final todos se retiraram em flagrante sinal de que não reconhecem o Comitê Gestor - composto por representantes dos governos federal, estadual e municipais, entidades patronais e supostamente por comunidades indígenas, movimentos sociais, organizações ambientais, entidades sindicais dos trabalhadores rurais, urbanos e de pescadores.
Conforme relatos de quem estava no ato, enquanto representantes do governo tentavam dar início à reunião e diziam que Belo Monte não seria como Tucuruí (usina hidrelétrica instalada também no Pará), nas palavras do deputado federal Zé Geraldo (PT/PA), fazendeiros e madeireiros bradavam xingamentos racistas contra os indígenas e demais integrantes do Movimento Xingu Vivo. Aos cochichos, ameaçavam de morte e outras violências quem estava ali contra a farsa do Comitê Gestor e o crime de Belo Monte. A presença do governo não os intimidou. Ao contrário, parece ter incentivado.
“Conversamos com alguns indígenas Arara que estavam listados como membros do Comitê e não sabiam de nada. Sequer foram consultados”, disse Éden Magalhães, secretário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) presente no ato do Movimento Xingu Vivo. A indígena Sheila Juruna, importante liderança dos povos originários, ressaltou que os indígenas não foram consultados sobre o grande empreendimento e tampouco sobre a composição do Comitê. Disse que a resistência a Belo Monte não vai cessar.
Na última quinta-feira, 2, a presidente Dilma Roussef determinou ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo o envio da Força Nacional ao Pará. A justificativa foi o quinto assassinato, em menos de duas semanas, de uma liderança camponesa. No entanto, a primeira tarefa da Força Nacional foi cumprida nesta reunião do Comitê Gestor como forma de intimidar ações de protesto da militância contrária a construção da usina de Belo Monte.

Um comentário:

  1. E difícil opinar sobre um assunto que desconhecemos. Portando minha expressão será de acordo com transcurso de anos de história e o resultado desse infeliz desfecho.
    Que o índio foi o povo mais marginalizadas, massacradas e dizimada de abrangência mundial é fato do mundo(sem exagero, pois eram pessoas totalmente ingênuas). Mas vejo tantos exemplos de indígenas na atualidade agindo de tanto má fé, para ocnseguir fundos , propriedade e depois vende-las, que não consigo sensibilizar com tais cenas. Seu que o governo pretende e muito desproposita com política ambientalista. Hoje o que reza e preservação, sustentabilidade e palavra chave sustentabilidade. E o projeto segundo infinitos artigos e totalmente contraria a conservação de toda essa pedida, que lut a contra os impactos ambientais e populacionais.
    Como referenciei anteriormente não tenho conhecimento de causa, capacidade para fazer uma avaliação criteriosa do que se passa nesse grandioso impasse entre governo e indígenas e a questão ambiental entre eles.

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