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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mônica detalha como a folha era fraudada na ALEPA


A testemunha chave das investigações sobre o desvio de recursos na Assembleia Legislativa do Pará, a ex-chefe da Divisão de Pessoal Mônica Alexandra da Costa Pinto, revelou ao Ministério Público do Estado todo o modo de operar da quadrilha que aumentava salários, incluía nomes de servidores fantasmas e laranjas, inclusive muitos sem nomeação em Diário Oficial, nomeava estagiários indiscriminadamente e até promovia servidores sem fundamento legal.
Os dados eram incluídos, alterados e excluídos quando bem os envolvidos quisessem. As revelações, já confirmadas pela apuração, constam no depoimento prestado por Mônica ao MPE, nos dias 29 e 30 de março deste ano, mediante o acordo da delação premiada.
No depoimento, prestado ao promotor de justiça Arnaldo Azevedo, Mônica explica que, após a folha de pagamento dos servidores ser fechada, era 'rodado o calculador' que fazia o cálculo automático dos valores a serem descontados ao Imposto de Renda e à Previdência Social. Após isso, os valores ilegais eram acrescentados na folha 'sem que fosse rodado o calculador de novo', ou seja, preservando os valores iniciais dos impostos e contribuições previdenciárias.
Em seguida, os dados eram gravados num disquete para o Banpará, que realiza o pagamento da folha, contendo as relações bancárias financeiras e a relação de descontos. 'Após impresso e rodado (a folha), nós retirávamos os valores informados. A partir daí a folha era encaminhada para o financeiro, onde deveria ser revista, depois encaminhada à Presidência para assinar', detalha Mônica. A ex-servidora esclarece que ela própria levava a folha para a análise do presidente Domingos Juvenil (PMDB).

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