.

.
“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Caso Alepa: donos de empresas são ouvidos pelo MP

Mais uma etapa das investigações de fraudes na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará) está sendo realizada nesta quarta-feira (29) na sede do Ministério Público de Crimes Institucionais, no bairro da cidade velha, em Belém. O promotor de justiça, Nelson Medrado, recolheu depoimentos de algumas pessoas que tinha suas 'empresas' ligadas a Assembleia Legislativa. Os depoimentos devem ser finalizados até a tarde de hoje.



As oitivas começaram por volta das 9h da manhã. Entre as pessoas que iriam prestar esclarecimento ao promotor, havia algumas que nem mesmo trabalhavam no ramo empresarial. Como é o caso da suposta proprietária da empresa ‘EM Moreira Manutenção e Assistência Técnica Elétrica’. Ela é dona de casa e preferiu não ser identificada. De acordo com as informações do irmão dela, só chegou a seu conhecimento que era proprietária de uma empresa na tarde de ontem (28), quando foi intimada a depor.



'É uma empresa completa, que recolhe impostos e juros, porém não existe. A nossa preocupação é que essa empresa seja fechada o mais rápido possível, para não cair em nossas costas os juros dessa empresa que não existe. Acreditamos que as pessoas que estão envolvidas nesse escândalo são perigosas, verdadeiros gangster', disse o irmão que preferiu não se identificar por ser funcionário público.



Em outros casos também havia algumas empresas reais que participaram de processos licitatórios sem o consentimento dos seus proprietários. Nesta situação se encaixa a empresa ‘Amazônia Norte Comércio e Serviço’. As assinaturas de alguns processos não foram reconhecidas pela dona. Segundo os documentos apresentados pelo promotor, ela teria participado dos processos 43 e 51 no ano de 2010.



'A empresa dela participou de alguns processos na Alepa, prestava alguns serviços desde 2007 até o ano passado. Porém, em 2010 nos processos 043 e 051 ela teve sua assinatura falsificada, ela só chegou a ter conhecimento sobre esse assunto depois que leu o jornal O Liberal, ela nem mesmo sabia que havia participado disso', explica o advogado da empresa, Azael Taliba Lobato.



Até o início da tarde haviam sido ouvidas quatro empresas. Entretanto, algumas desses proprietários ou representantes, estão com medo de conversar com a imprensa por temer represália das pessoas que realmente estão envolvidas no escândalo.


Redação Portal ORM

Nenhum comentário:

Postar um comentário