No lançamento do Comitê em Defesa do Pará, ontem, em Belém, o presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Sérgio Bitar, e o deputado federal Zenaldo Coutinho, chefe da Casa Civil do governo do Estado, defenderam um debate técnico sobre a divisão do Estado, para que a população vá consciente às urnas. Bitar ressaltou que os paraenses perdem com o retalhamento do Estado, como indicam os primeiros estudos sobre o assunto.
Zenaldo Coutinho relatou que esta semana coletou várias assinaturas de parlamentares em Brasília para que os paraenses possam votar no plebiscito tendo informações levantadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os que assinaram a petição estão os deputados Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), Arnaldo Jordy (PPS) e Cláudio Putty (PT); e os senadores Mário Couto (PSDB), Flexa Ribeiro (PSDB) e Marinor Brito (PSOL).
Coutinho destacou que "os separatistas" (que defendem o desmembramento do Pará em três Estados, com criação de Carajás e do Tapajós) ingressaram com uma ação na Justiça para que somente quem mora nas áreas a serem desmembradas do Estado possa votar nos plebiscitos, proposição que partiu da Assembleia Legislativa de Goiás.
Para o deputado Arnaldo Jordy, "é preciso prezar pela qualidade do debate, porque nós aqui, do norte do Brasil, da Amazônia, sofremos com a vigência de um modelo centralizado de desenvolvimento do País, em que o Pará atua como mero fornecedor, almoxarifado de recursos naturais".
A cantora Lucinnha Bastos, que participou do lançamento do comitê, coordenado pela ACP, disse que sua imagem e sua voz estão a serviço da campanha, que em breve terá uma programação de mídia para esclarecer, com informações técnicas, os paraenses sobre o plebiscito.
O Comitê em Defesa do Pará, composto inicialmente pela ACP, pela Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e pelo Conselho Regional de Economia (Corecon), ontem recebeu várias adesões. Também participaram da instalação do comitê várias lideranças políticas e empresariais, como a diretora administrativa das Organizações Romulo Maiorana (ORM), Rosângela Maiorana Kzan. 
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