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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marcha contra as drogas leva 12 mil para as ruas em Ananindeua


O sol quente não desanimou ninguém. Ao contrário, dava mais energia a milhares de pessoas que vibravam, cantavam, pulavam e dançavam atrás do trio elétrico, como Eliezer Moraes, 36 anos, ex-usuário de droga, que participava do evento junto com os filhos e a esposa. “Estou muito feliz de participar desse momento. É algo que não esquecerei”, conta.
O motivo que levou Eliezer e muitas outras famílias às ruas de Ananindeua, no último sábado (25), foi o Arrastão Contra as Drogas. A marcha está na sua 9° edição e a cada ano reúne mais gente. “O evento cresce cada vez mais. No primeiro ano, cerca de 1000 pessoas participaram. No ano passado, foram 10 mil e esse ano já são 12 mil”, calcula a pastora e vereadora do município Ray Tavares, uma das organizadora do evento, que tem o apoio da Igreja Evangélica Quadrangular, da Prefeitura Municipal de Ananindeua, além de lideranças comunitárias e de empresários.
A marcha faz parte do projeto que a pastora desenvolve com jovens dependentes de drogas. “Desde a primeira edição, já conseguimos resgatar 600 jovens do mundo das drogas. É uma vitória tê-los aqui conosco hoje reabilitados. Esperamos conscientizar e conseguir ajudar mais pessoas com o nosso arrastão”, comenta a pastora.
Eliezer que começou a usar drogas com 14 anos e conseguiu se libertar aos 32 anos. “Usava maconha e pasta, era uma vida horrível. Já tive uma arma apontada na cabeça por um traficante”, relata.
Ele conta que com o apoio da família conseguiu ir para uma clínica de reabilitação, onde passou sete meses internado. “Eu vi que essa vida estava destruindo a mim e minha família”, comenta Eliezer.
O músico Nailson Nascimento, 18 anos, que tocava em um dos trios, também é um dos jovens reabilitados. Ele conta que chegou a roubar a própria família, mas que conseguiu se livrar a tempo das drogas. “Usei cocaína durante três meses e cheguei a fazer mal para minha família, mas vi que isso não ia me levar a lugar algum”, confessa.
Para dar a apoio à causa, a dona de casa Lucia Fernandes, 41 anos, participou da caminhada com os filhos. “Acho importante essa iniciativa e é mais um meio de ajudar os jovens a sair desse mundo perigoso das drogas”, fala.
A marcha que reuniu crianças e adultos iniciou no ginásio do Abacatão e percorreu três quilômetros ao som de dois trios elétricos. A festa teve apoio ainda da Polícia Militar, Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua. (Diário do Pará)

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