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“Um homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar”.

sábado, 4 de junho de 2011

Assinaturas indicam fraude



Delegado afirma que Mônica Pinto falsificou os documentos para obter empréstimos consignados

O delegado Rogério Morais está convencido de que a ex-chefe da Divisão de Pessoal da Assembleia Legislativa do Pará, Mônica Pinto, falsificou os documentos da margem consignável que foram usados para obter empréstimos no Santander, com desconto no contracheque, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010. Um exame grafotécnico realizado nas cópias das margens consignáveis (documento que informa o limite para desconto) apresentadas por Mônica ao banco, apontou que foram falsificadas, nesses documentos, as assinaturas dos servidores Vera Coelho e Max Fortunato, do Setor de Pessoal e da Seção da Folha da Alepa. Morais, que preside o inquérito na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), disse que Mônica será indiciada por estelionato e uso de documento, mas ainda será investigada por falsificação de documentos públicos. O delegado quer fazer um novo exame grafotécnico para atestar se Mônica foi a autora da falsificação das assinaturas.
Para o advogado dela, Luciel Caxiado, a perícia feita em cópias sem autenticação não têm validade jurídica. "Acredito que essa perícia não vai passar no crivo do Ministério Público. Tudo o que a polícia está fazendo na investigação, terá que ser ratificado pelo MP", justificou. O defensor também disse que se recusará a submeter Mônica ao exame grafotécnico em cópias. Ele explicou que, juridicamente, ela não é obrigada a comparecer a essa perícia.
O delegado disse, ontem, que o Santander está enviando a Belém os documentos originais (margens consignáveis e contracheques) com os quais Mônica conseguiu os empréstimos. Há mais de um mês os documentos foram solicitados por ele. Morais informou que já conseguiu esclarecer as dúvidas sobre o valor dos empréstimos contraídos por ela, já havia a versão do banco, de que teriam sido mais de R$ 400 mil, e a da ex-servidora, de R$ 145 mil. Segundo ele, uma ordem judicial determinou a apresentação dos comprovantes de depósito "na casa dos R$ 400 mil", na conta de Mônica. Morais explicou que não poderia mostrar os documentos para preservar a investigação.
Morais afirma que o salário da ex-servidora variava mensalmente entre R$ 7 mil e R$ 9 mil, mas os documentos levados ao Santander informam margens consignáveis de R$ 7.250,00, R$ 7.800,00 e de R$ 3.800,00. "A Mônica nega que fraudou os documentos e o banco diz que não percebeu", conta. O empréstimo concedido a Mônica contrariava as regras do convênio firmado entre o banco e a Alepa, que autorizava o serviço apenas para servidores efetivos, o que não era o caso dela. O inquérito deve ser concluído na próxima sexta-feira, 10, de acordo com ele.

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